A safada do clima
Quando meus pais vieram nos visitar da primeira vez, eu dei para o meu pai um termômetro com receptor sem fio para usar no sítio. Você pode pôr o receptor a até trocentos metros de distância e deixar o visor dentro de casa, medindo temperaturas interna, externa e registrando máximas e mínimas.
Quando ele veio da segunda vez, disse que estava adorando o termômetro e que nós devíamos ter um igual, para saber que temperatura fazia lá fora. Nós já tínhamos um, só que com fio -- o visor fica do lado da porta, um fiozinho passa pelo batente e lá fora fica o medidor, só que do lado da lâmpada, então pouco preciso.
Ele saiu e voltou com um termômetro para nós, igual ao dele. Ou melhor, quase igual. Funciona muito bem e tal, mas o visor traz, além de todos os dados importantes, uma loura fatal que muda de roupa conforme o clima.
Como isso foi na primavera, achamos até que meio natural que a mulherzinha, empolgada, fosse tirando a roupa e passasse o verão quase todo só de biquini -- ótima roupa, aliás, para sair para uma interpretação ou dar aulas na faculdade. Tá, não demos muita bola para a mulherzinha.
Só que agora começou a esfriar, e aí reparamos que a mulher é mais calorenta que o Tocha Humana. 25 graus e ela de top e microssaia. 20 graus e nada, a mulher continua cobrindo só 15% do corpo.
Ela ganhou um apelido aqui em casa, mas para fins de censura digamos que seja "safada". Na verdade é um pouquinho pior, mas o significado é o mesmo.
Repare na foto: 17,5 graus e só aí ela colocou uma meia por baixo da saia e um top de manga longa (nota-se que é canadense, a julgar pelo conceito de moda da p... quer dizer, safada do clima).
Acabei ficando obcecada em descobrir quando é que o diabo da mulher vai cobrir o umbigo. Quando a temperatura chegou a 11 ela se dignou a calçar botas, mas o umbigo continua lá.
Acho melhor eu parar de seguir os conselhos dessa mulherzinha na hora de me vestir.
Quando ele veio da segunda vez, disse que estava adorando o termômetro e que nós devíamos ter um igual, para saber que temperatura fazia lá fora. Nós já tínhamos um, só que com fio -- o visor fica do lado da porta, um fiozinho passa pelo batente e lá fora fica o medidor, só que do lado da lâmpada, então pouco preciso.
Ele saiu e voltou com um termômetro para nós, igual ao dele. Ou melhor, quase igual. Funciona muito bem e tal, mas o visor traz, além de todos os dados importantes, uma loura fatal que muda de roupa conforme o clima.
Como isso foi na primavera, achamos até que meio natural que a mulherzinha, empolgada, fosse tirando a roupa e passasse o verão quase todo só de biquini -- ótima roupa, aliás, para sair para uma interpretação ou dar aulas na faculdade. Tá, não demos muita bola para a mulherzinha.
Só que agora começou a esfriar, e aí reparamos que a mulher é mais calorenta que o Tocha Humana. 25 graus e ela de top e microssaia. 20 graus e nada, a mulher continua cobrindo só 15% do corpo.
Ela ganhou um apelido aqui em casa, mas para fins de censura digamos que seja "safada". Na verdade é um pouquinho pior, mas o significado é o mesmo.
Repare na foto: 17,5 graus e só aí ela colocou uma meia por baixo da saia e um top de manga longa (nota-se que é canadense, a julgar pelo conceito de moda da p... quer dizer, safada do clima).
Acabei ficando obcecada em descobrir quando é que o diabo da mulher vai cobrir o umbigo. Quando a temperatura chegou a 11 ela se dignou a calçar botas, mas o umbigo continua lá.
Acho melhor eu parar de seguir os conselhos dessa mulherzinha na hora de me vestir.
Comentários
Porque já vi aqui holandesas de mini saia em temperaturas que eu não julgava possível. Acho que é mutação genética.
No inverno às vezes tem gente fazendo "statement", sim. Mas é claramente para chamar a atenção. No geral, o povo daqui tem um medo meio exagerado do frio.
Mas voltando à mulherzinha: reparou no tamanhico da cabeça dela? Não cabem mais de dois neurônios.