The Sultans of Swing


(É a Carol)

No dia 4 de novembro, comemoramos 9 anos de casados. Foi também a nossa última noite juntos em Toronto até o próximo dia 30 de dezembro, pois eu vim dar um curso no Rio. Então, queríamos uma noite especial em algum lugar diferente.

Quem sugeriu o lugar foi o Layes, apesar de nunca ter ido. O Sultan's Tent (a tenda do sultão) é um restaurante marroquino com jeito fino e romântico. Sem saber bem o que esperar, lá fomos nós.

Eu estreei minha pashmina recém-comprada na Little India. O tapete no fundo foi um presente de algum rei do Marrocos.

O restaurante é charmoso, escurinho, com ambientes que simulam ser tendas, cada uma com umas 4 mesas dentro.

Há um menu fixo de quatro pratos. Seguindo as sugestões da casa, é possível escolher duas ou três opções diferentes de entrada, primeiro prato, prato principal e sobremesa por $39 (dólares canadenses). Há também pratos diferentes por um valor adicional.

Nós ficamos no básico, pois já eram várias opções interessantes. Pedimos também um vinho, mas nem sombra de vinhos marroquinos. Escolhemos um Shiraz com Cabernet australiano.

De entrada, tivemos azeitonas variadas e um guizadinho de grãos e tomate, além de diversos hummus e um charutinho de massa folhada recheado.

O prato principal foi cordeiro para o Gus e frango para mim, ambos acompanhados de cuscus com legumes, azeitonas, castanhas, amêndoas e afins. Tudo muito gostoso e muito farto.

Na hora da sobremesa, além de docinhos variados, recebemos um bolinho de chocolate de cortesia, com uma vela de faisquinhas e desejos de feliz aniversário. Não deu para acabar, era comida demais!

Naturalmente, houve a indefectível dança do ventre, com a moçoila passando entre as mesas para que os comensais admirem seu umbigo.

E, para arrematar, o chá de hortelã despejado lá de cima. Não sei para que serve isso, mas o fato é que o chá é delicioso e mais do que bem-vindo depois da comilança.

Analisando friamente, é claro que a coisa não é marroquina, marroquiiiina. É mais uma versão franco-britânica do que deve ser o Marrocos, com um quê de mil e uma noites. Meio como uma churrascaria brasileira que tem em Toronto, onde mulatas desfilam cheias de plumas e paetês (que nem ocorre diariamente nos churrascos brasileiros, né?)

Mas o fato é que a gente nunca esteve no Marrocos e não temos como comparar. Foi divertido, o seviço foi um primor, comemos muito bem e passamos horas mais do que agradáveis. Valeu mesmo.

Quando estávamos indo embora, pedimos para o garçom tirar uma foto nossa. Ele andou de um lado para o outro, para escolher o melhor fundo. Até que bateu a foto e nos mostrou orgulhoso: "Com a palmeira, para dar um ar bem tropical." Então tá, né? A foto era 50% palmeira e 50% nós. Dei uma editada básica e cortei fora um tantão de palmeira. Bem melhor!


Oi é o Gus:

Legal o post, acho que dá uma idéia boa do que é o lugar. Recomendo, apesar de ter me sentido na versão gastronômica benigna do orientalismo do Edward Said. Mas valeu.

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