Picolé de Ronald McDonald

É o Gus (rabugentando por aqui):

Como alguns de vocês sabem, por necessidade professional acompanho diariamente notícias e análises economico-políticas de diversas partes do mundo. São toneladas de e-mails que atrapalham muito a rotina do dia, mas fazer o quê? Em geral, apago a maioria sem ler; algumas vezes encontro coisas interessantes que gosto de guardar. Algumas vezes, no entanto, encontro notícias realmente interessantes e que contribuem para as grandes questões mundiais.

Pois foi assim que li uma notícia sobre a Islândia que anda circulando e sendo repetida em diversos jornais internacionais e newletters de think tanks americanos e europeus: A McDonald's (ou será "o" McDonald's"?) decidiu fechar suas operações naquele país! Oh, o terror, o terror. Deve ser uma dessas "travessuras" de Halloween. Como pode? Como eles sobreviverão??? Ahhhhh!!!!!

A notícia cita algumas razões de fundo econômico: com a crise, as operações ficaram muito caras, e está praticamente impossível importar cebola (isso mesmo) para fazer o Big Mac de cada dia. E, claro, como o país quebrou junto com os bancos (não necessariamente nessa ordem), os 300 mil islandeses devem estar reservando seu dinheiro para outras prioridades. Mas a reportagem vaticina: com a saída da McDonalds, a Islândia se juntará a uma classe de países europeus indesejáveis, até agora composta pela Albania e a Bósnia, onde cidadãos infelizes não podem comer seus Big Macs na esquina de casa (no mundo, eles também se juntam à Bolívia, ao que parece).

O que explica uma notícia dessas? Falta de assunto? Schadenfreude, aquela vontade irresistível de bater no cara caído (ha, ha, vocês estão tão ferrados que não tem nem McDonald's!)? Eu já li artigos que argumentam que estados adquirem ou desenvolvem armamentos complexos e caros, como por exemplo porta-aviões, submarinos nucleares, e armas atômicas, mais pelo status e pela necessidade de "parecer moderno" do que sua utilidade estratégica. Mas Big Macs (ah, tá, Quarteirão-com-Queijo se você preferir)? Será que realmente uma franquia de fast-food em "nosso mundo globalizado" determina o status de um país (bom, até que é possível, pelo andar da carruagem)? Ou será que a comida local é tão ruim que até o Big Mac se tornou imprescindível? Será que o Ronald McDonald se encheu de entrar numa fria e resolver fazer como os canadenses, mudando para alguma "sun destination" por aí? E quem será o próximo? A Pizza Hut?

Ah, as grandes questões da humanidade.

Comentários

Anônimo disse…
Ah, realmente a notícia é muito importante e, creio mesmo, estarrecedora. Mas não se desesperem, ó islandeses! O Brasil, em vias de se tornar a 5a. maior economia do mundo (quem será o maluco que fez esses cálculos?), irá em socorro do país do gelo, oferecendo uma possível criação governamental: em breve, na Islandia, e muito apropriadamente, a "Goró Inn". Pelo clima, será irresistível. Nosso preseidente, como provador oficial, garante que de qualquer maneira (pura ou "on de roques", ela é ótima. Aquele que vocês sabem quem é.
Gus disse…
hehehe

acho que para os Islandeses qualquer coisa deve ser melhor do que comer carne de foca e arenque...

sim, sim, o povo lá vai poder tomar caipirinha assim, andando pela rua; basta catar o gelo no quintal. O único problema é que eles vão ter que importar o limão, já que não nasce nada lá naquele país...

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