A dura vida de uma gatinha em Toronto

Não é mole ser uma gatinha em Toronto. A vida aqui é muito complexa.

Eu acordo muito cedo para ver o sol raiar na cozinha. Percebo que o outono está chegando.

O vento frio dá muita preguiça, então eu procuro o lugar mais silencioso, escurinho e confortável da casa para dormir umas 12 horas seguidas durante o dia.

O fim de tarde pede momentos de contemplação: é a terra que gira, o sol que já vai embora, e o que sou eu, um ser tão insignificante comparado com a vastidão da sala vazia?

Uma humana que não compreende a profundidade das minhas indagações vem tirar fotos de mim. Eu apenas a olho e suspiro: o que é a bidimensionalidade de uma imagem ao lado da complexidade das dimensões multifacetadas do ser?

Defrontada com a futilidade da vida, nada me resta senão me render aos prazeres mais mudanos: comer, receber cafunés intensos e ir para a cama com o gatão da casa.

É, até que viver não é tão ruim.

Comentários

carladuc disse…
Carol, sou amiga do Salsa e da Erika. Queria dizer que seus gatinhos são muuuito fofos. :)
:oD
São sim, são sim!

Obrigada pela mensagem.
:o)
Anônimo disse…
Gatinhas podem ficar amigas dos gauximins e dos esquilos? Ou o gatão é ciumento?
Vixe, há questão de 2 horas a Mafalda teve contatos imediatos com um esquilo! Ela estava sentada olhando pelo vidro da porta (que fica na lateral da casa) e o esquilo passou bem na frente dela, devagarzinho, olhando para ela, rumo ao jardim do vizinho. Ela ainda ficou lá uma meia hora olhando para a direção onde ele desapareceu, esperando ele voltar.
Espero que ele apareça de novo.

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