Viagem a Victoria

É o Gus:

Estou há tempos para postar as fotos da minha viagem a Victoria, onde fui visitar o João, amigo e orientador no mestrado da PUC e que estava passando uma temporada na Universidade de Victoria. A coisa toda demorou um pouco, já que, como explicado abaixo, eu estou sem tempo nessas férias...

Bom, aqui vai com alguns meses de atraso.



Victoria é a capital da Colúmbia Britânica, província canadense que fica na costa oeste, banhada pelo oceano pacífico. Como vocês podem ver no mapa, Victoria fica na ponta da Vancouver Island, na fronteira com os Estados Unidos e bem perto de Vancouver (15 minutos de vôo de batedeira, quer dizer, avião turboélice) e Seattle. Da cidade, é possível ver as montanhas no norte do estado de Washington, como na foto abaixo.



A cidade é pequena, acho que tem no máximo 300 mil habitantes, é simpática e vive de turismo e de ser a capital da província, lógico. Esse deve ser um negócio e tanto, a maior bocada. Você não tem nada, ganha dinheiro porque existe, sabe como é, tipo Brasília.



Há alguns restaurantes bons, mas o comércio em geral é fraquinho. Comemos em um bom restaurante italiano, e num japonês também competente. O detalhe engraçado é que você tem que comer bem cedo, pois as coisa começam a fechar a partir das 20:30. São raríssimos os lugares abertos depois das 23 horas. Durante o dia, o problema fica por conta dos inúmeros turistas que descem dos transatlânticos a caminho do Alaska, e que fazem ponto na cidade. Claro que isso no verão e no fim-de-semana... mas é o suficiente para lotar qualquer coisa no raio de 2 km do porto... aliás, os transatlânticos atracam em um outro porto, que dá para o estrito de Juan de Fuca, que separa a ilha do continente, e não no Inner Harbour.

A geografia da cidade e da região é lindíssima. O vôo de Vancouver à Victoria sobrevoa inúmeras ilhas, baías e penínsulas, e a cidade também fica espremida entre baías e colinas. A foto abaixo é do que eles chamam de Inner Harbour (o porto interno), de onde saem os barcos e ferries para Seattle...

... e hidroaviões para toda a região.

Há também um ferry grande que liga Victoria à Vancouver, mas esse sai de um lugar fora da cidade, perto do aeroporto. No Inner Harbour fica o famoso hotel "The Empress" (A Imperatriz). Aliás, parece que ele é famoso justamente por ter hospedado em 18XX (não me lembro a data correta) a Rainha Vitória. Como o próprio nome da cidade já diz, eles gostam da rainha vitoria no Canadá. E esse aí na foto não tem qualquer ligação com a família real inglesa.

Tiramos um dia para passear na costa oeste da ilha, que dá para o Oceano Pacífico. A natureza da ilha é linda, há muitos lagos, rios e florestas. Abaixo, um habitante local que encontramos na beira da estrada, meio desconfiado...



















Essa foto foi tirada de uma das "praias" da ilha, com um farol histórico ao fundo.



















Aqui, minha performance como fotógrafo em um dos muitos lagos da região.



















A French Beach, ou praia francesa. Estava ventando muito, e fazia um friozinho. Quase não há areia, apenas uma pedras redondas de tamanhos variados, e trocentos troncos de árvores que são trazidos pela maré e lançados na praia...



















A "areia" da praia.



















Um dos troncos jogados na praia. Esse é tão grande que eu não sei se foi trazido pela maré ou era uma árvore que caiu aí na areia.
























Mais paisagens do mar, com as montanhas dos Estados Unidos do outro lado do Estreito...



















...e dos lagos e rios da ilha.



















No dia seguinte, pegamos um trem que sobe pela costa leste até umas cidades na ponta norte da ilha. Paramos em uma cidade chamada Nanaimo, outrora rica pelo comércio da madeira e agora em profunda depressão econômica pela competição chinesa...

Esse aí abaixo é o João no trem, enquanto esperávamos que ele saísse. A viagem de trem não foi muito divertida; foi muito demorada e não há muito o que ver, pois o trem segue pelo meio da floresta e das cidadezinhas, e as paisagens não são muito deslumbrantes.



















Nanaimo foi outra decepcão. Não há nada lá. Tinham nos dito que a cidade era interessante e a paisagem bonita, mas não encontramos nem uma, nem outra. E para completar, o dia estava cinza e meio deprimente. Voltamos para Victoria com a certeza que perdemos o dia...

Na primeira foto, o "waterfront", ou o equivalente ao nosso "calçadão".

Aqui, uma vista genérica de parte da cidade de Nanaimo:

Os indefectíveis hidroaviões, até aqui em Nanaimo...



















No geral (e apesar de Nanaimo), a viagem a Victoria foi muito boa e divertida, e a natureza da ilha é fantástica. Vale a pena explorar a região com mais calma e tempo, o que infelizmente não tive.

Há três complicadores: o primeiro é o fuso horário, três horas a menos em relação à Toronto. O segundo é o tempo de vôo, 5 horas até Vancouver (o que, somado ao fuso horário, significa que na volta você perde quase o dia inteiro na viagem). O terceiro é que só há um vôo direto de Toronto à Victoria. Os outros você é obrigado a fazer escala em Vancouver (o que pode ser bom se você também quiser conhecer a cidade). Há uma opção alternativa, que é ir até Vancouver e pegar o ferry até Victoria. A viagem dura umas 3 horas, mas é mais barata e "cinematográfica".

Comentários

Daniduc disse…
Belo post! Curti o lance de estar tudo fechado depois das 23... bem coisa de cidadezinha pequena do interior mesmo, que nem uma outra que eu conheço... Amsterdam! :D

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